1. |
epitáfio
03:17
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Aproveito e aviso que este não vai ser o ultimo cigarro...
A não ser que o meu tempo termine agora.
Estou cansado dos dias,
Carregado com o nada...
Aquele nada...
Que ao fim ao cabo nos parece tanto...
Estou sem os teus dedos entrelaçados nos meus
E continuo a caminhar em direcção a lado nenhum...
Estou cansado de ti.
Dos teus lábios que me viciam
Dos teu sorrisos que me contagiam...
...até que volto a não valer nada...
Estou cansado dos olhares repentinos,
Dos arrependimentos matutinos...
Estou cansado de mim...
Quase já não me encontro neste lodo,
Um emaranhado de fios sem fim,
Um quase dia perdido...
Mas que não me falte o tempo...
Porque a oportunidade,
Essa,
Já a perdi...
Que não me falte o tempo para te fazer feliz...
A não ser que o meu tempo termine agora.
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2. |
ser
04:52
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Estou num beco
Sem saída
Adormeço
Perco o dia
Mais do mesmo
Já não via
O marasmo
Arrepia
Hoje estou só
Como queria
Quem sou?
Sinto o travo
Amargo
Dos caminhos
Errados
Das promessas
Falhadas
Olho em volta
Tudo dorme
Ainda estou só
Como queria
Quem sou?
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3. |
nu e cru
04:46
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guardas os teu medos
só para sentir
dobras os teus dedos
quase até partir
se tudo te dá razão
não tens porque fugir
sem nada
se todos te pedem mais
te obrigam a sentir
ignora
se tens de te proteger
se tens de te recolher
abriga-te
se tu não te queres dar
se não querem comer
entorna
a tua sede
não é mais
do que o teu peito
guardas os teu medos
só para sentir
dobras os teus dedos
quase até partir
esmagas os segredos
antes de dormir
soltas berros cegos
tentas-te redimir
procuras as palavras que se recusam a sair
num labirinto de ilusões, já não há nada aqui
corres todas as portas sem motivos para sorrir
abres os braços sem medo de sentir
acendes um cigarro, queimas o que há-de vir
com ou sem razão, tentam fazer-te desistir
filhos da puta! não te vão fazer cair
abres os olhos, hoje vais fazer-te ouvir
guardas os teu medos
só para sentir
dobras os teus dedos
quase até partir
soltas berros cegos
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4. |
sombra
03:44
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Quem és?
Quando vens...
... sem razão de madrugada
Ouço
Os teus passos
Perdidos na nua calçada
Dou-te o céu
( e atiro-me ao chão)
Dou-te o chão
( e perco-me em ti)
Porque
Não estás
Tenho a mão bem esticada
Estou só
E tu
No meu peito despejada
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5. |
#14
03:07
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sem mais nada
preenches-me a alma
camuflada
sem eu me aperceber
enterrada
no meu apetecer
abraçada
ao que eu não quero ver
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6. |
derrame
05:03
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sou a sede de quem não provou
o derrame de quem em mim ficou
enquanto o eu
estiver escondido
preparo o céu
meu ombro amigo
a solução
é estar contigo
perdido nos escombros de mais um dia no teu abrigo
eu já não sei
se consigo
acordar
outra vez comigo
escuta bem
o que te digo
eu vendo ilusões mas derramo verdades mesmo perdido
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7. |
vivo a fingir
05:16
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Dormente
Por fora
Peço para sentir
O tempo
Demora
Tardo a sentir
No centro
Da roda
Custa-me a dormir
Cá dentro
Sem nada
Vivo a fingir
Tropeço
No medo
As mãos estão a tremer
Um beijo
Os teus dedos
Agarram-me a seguir
No centro
Da roda
Vivo a fingir
Cá dentro
Sem nada
Custa-me a dormir
São os meus olhos
Que chamam por ti
São os teus lábios
Que zelam por mim
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8. |
sorte
03:47
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Encontrei a morte
Dei passos largos
Para lado nenhum
Recusei a sorte
E saltei
Cortei os braços
Para ficar
Em traços largos
A rastejar
Atirei os dados
Fechei os olhos
Apertei-te a mão
Recusei a sorte
E saltei
Cortei os braços
Para ficar
Em traços largos
A rastejar
De olhos baços
Mas sem sofrer
Contei os passos
Até morrer
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9. |
egoísmo
05:16
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Ao acordar
(Ninguém repara)
Deste sono
(Onde pisa)
Olho em volta
(Vivos Mortos)
Está tudo podre
(Ninguém te avisa)
Roubam tudo
(Sobem alto)
A quem precisa
(Até à vertigem)
São mais olhos
(Matam, esfolam)
Do que barriga
(Mas nunca vivem)
Só falta crescer
Só falta mudar
Deixa viver
Apaga o teu... egoismo!
Vivos Mortos...
Provocam dor...
Aumentam a fome...
Movidos pelo seu...
EGOISMO!
EGOISMO!
Só falta crescer
Só falta mudar
Deixa viver
Apaga o teu... egoismo!
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10. |
sem abrigo
05:09
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Quando me vejo
Num reflexo qualquer
Um rosto estranho
Que teimo em reconhecer
Vagueio nas ruas
Da cidade ao amanhecer
Perdido em reflexos
Que me fingem conhecer
Volto a cair
Nesta saga de beber
Nem quero fingir
Que me sinto a adormecer
Continuar
Neste lugar
É desistir
De existir
Como esta dor
Não passo do chão
É desistir
Como este sal
Que me arde na mão
Sem resistir
Não
Vou ver
O céu
Em mim
Não
Vou ver
O céu
Em mim
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11. |
carrossel
03:45
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Cai o carrossel bem devagar
Eu estou no centro
Tento dar-te um pouco deste mundo
sem o medo
Escondo o cinzento e o negro
Bem cá dentro
Pobre carrossel vê-se perdido
Em tal enredo
sou
o
sen
ti
men
to
em
ti
abre
os
o
lhos
eu
estou
a
qui
sou
o
sen
ti
men
to
em
ti
es
tes
de
dos
são
da
mi
nha
mão...
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12. |
perfume nos lábios
05:14
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sounds151 Lisboa, Portugal
sounds151 (ˈsæʊndz ˈiːziː) is Pedro Isidoro singer and composer on Mordomo and Aggravated Emotional Apathy and ex-lead singer of No Tribe.
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